terça-feira, 19 de abril de 2011

Enchendo Linguiça


Caros leitores,


Acho que foi uma ideia genial da Elaine fazermos um blog juntos, assim as postagens não ficam somente para assuntos masculinos e nem somente como um bate-papo entre mulheres. Então homens, conheçam e entendam um pouco mais do universo feminino e garotas, sejam um pouquinho mais compreensivas com nossas futilidades de meninos.


E como hoje eu não tenho nada pra malhar, estou com dor de cabeça e não aconteceu nada de interessante pra eu contar aqui, vou relatar algumas de minhas impressões literatura de fantasia, e em postagens posteriores eu vou comentar alguns livros que eu lí para que isso desperte a curiosidade das pessoas em ler estes livros e sobre outros tipos de manifestações artísticas também, como cienma, música e quadrinhos.


Nós, nerds de velha data tínhamos uma dificuldade extrema em encontrar disponível em língua portuguesa livros de alta fantasia, aqueles com magos, elfos e cavaleiros fodões vestindo armaduras sucateadas de tanto lutar com dragões. Eu consegui ler a série O Senhor dos Anéis quando tinhas uns 20 anos (isso em 1992, século passado) graças à uma edição portuguesa que encontrei na Biblioteca Municipal de SJC.


Não vou dizer que não havia nada, realmente, fazendo justiça, haviam algumas obras da saudosa escritora Marion Zimmer Bradley, principalmente a série Darkover. Mas, carvalho, esses livros eram difíceis de encontrar em livrarias daqui, e a internet não era uma ferramente muito popular na época. A vida de nerd naquela época era dureza.


Mas um dia apareceu um jogo estranho, que fugia de tudo que era conhecido até então, o RPG. Ótimo, maravilhoso, lindo, a maravilha que superava todas as maravilhas feitas pelo homem até então. Cara, imagina uma turma de jovens sedentos de histórias sobre fantasia medieval que de repente descobrem que além de criarem histórias sobre todo tipo de fantasia (aí entra fantasia medieval, ficção científica, terror, etc.) eles ainda poderiam interpretar estes personagens. Não deu outra, virou febre. Era uma editora atrás da outra lançando livros e livros, tanto para o jogo em sí, mas também o melhor, romances sobre os temas dos jogos. Que maravilha, um mundo de diversão se formou.



Depois da seca, vem a chuva, mas volta a seca de novo. Após esse "boom" de coisas legais, tudo deu uma esfriada, os lançamentos começaram a rarear e voltamos a ficar órfãos de coisas novas, e uma núvem negra começou a cobrir a cabeça do pessoal que curtia RPG. Assassinatos falsamente atribuidos ao jogo e por aí vai, acho que depois disso esse hobby tão saudável nunca mais teve a mesma força.


Mas eu iniciei esse texto pra falar de romances de fantasia, pois é, e eis que aparece uma escritora, assim do nada e causa uma das maiores revoluções na literatura infanto juvenil. Vocês podem não perceber, mas a literatura infanto-juvenil estava uma chatisse que não tinha tamanho até que J.K. Rowling lançou o fenômeno Harry Potter e o inesperado aconteceu. Uma verdadeira nação de fãs do bruxinho começaram a ler suas histórias e perderam o medo ou preconceito dos livros grossos (os livros à partir do quarto volume tinham por volta de 500 páginas). Na minha opinião essa mulher deveria ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, não pela obra, mas sim pela sua contribuição na formação de milhares de novos leitores no mundo todo.
E foi quando o sucesso de Harry Potter estava no auge que as portas dos livros de fantasia se abriram, e hoje a quantidade de opções de leitura que envolve desde fantasias modernas quanto medieval é enorme e envergam prateleiras e prateleiras das livrarias, é difícil até de escolher o que ler.


Falei tudo isso só pra que você leitor tenha uma ideia de como ocorreu essa evolução das publicações de livros de fantasia e literatura infanto-juvenil moderna. Nas postagens posteriores eu falo mais.


See you later girls and boys.

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